EDUCAÇÃO

 

Célia Sacramento questiona Rui por corte de ponto e diz que professor terá que “vender amendoim”

 

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A ex-candidata ao governo da Bahia, Célia Sacramento (Rede), disse que falta “sensibilidade” ao governador Rui Costa (PT) na abordagem com professores de universidades estaduais (Uneb, Uesb e Uefs) que estão em greve desde o início de abril. Na última sexta-feira (26), o governo decidiu cortar o ponto dos trabalhadores em greve.

 

“Veja, com essa crise, a falta de sensibilidade do governador. Na minha opinião foi falta de sensibilidade do que é ser trabalhador, porque se ele tivesse sensibilidade do que é ser trabalhador não teria coragem de cortar 22 dias de salário de um pai de família”.

Célia é professora da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e participa nesta quarta-feira (1º) do ato promovido por centrais sindicais no Farol da Barra. Ela afirmou que a categoria está apreensiva com o corte salarial e sugeriu que os profissionais precisarão “vender amendoim” para garantir renda.

“Os pais de família vão alimentar seus filhos até o dia 8. Do dia 8 em diante, vai vender amendoim. Não consegue tomar empréstimo consignado porque o governador cortou 22 dias de salário. E abrir a pauta de negociação, conversar, propor? Nada. Ele quer apenas que acabemos a greve como se não houvesse motivação”.

“As universidades estão completamente sucateadas, estamos vendo um total descaso acadêmico e não é só nas universidades. Mais de mil escolas foram fechadas por todo estado. A questão é altamente delicada, nós precisávamos nos manifestar”, completou.

 

Fonte: https://midiabahia.com.br/cotidiano/2019/05/02/celia-sacramento-questiona-rui-por-corte-de-ponto-e-diz-que-professor-tera-que-vender-amendoim/


 

MEC acelerou credenciamento de novas universidades em 70% neste ano

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Ministério da Educação enviou 120 processos de credenciamento de novas instituições

 

O Ministério da Educação (MEC) promoveu um "mutirão" nos primeiros meses do ano para acelerar a abertura de novas universidades no país. Pedidos de credenciamento que estavam parados havia anos na pasta foram liberados para análise do Conselho Nacional de Educação (CNE). Com a troca de ministro, a secretaria responsável pelas autorizações - que tem alto poder de barganha e prestígio político - agora é disputada entre alas do governo e ainda está sem chefe.

Desde janeiro, o MEC enviou 120 processos de credenciamento de novas Instituições de Ensino Superior (IES) ao conselho. O número é cerca 70% maior do que no mesmo período de janeiro a abril de 2018 e 2017 - quando o ministério encaminhou 71 e 72 processos, respectivamente.

A maior parte dos procedimentos recebe parecer favorável no CNE e, pouco depois, é homologada pelo ministério. Esse é o primeiro passo para que uma nova universidade ofereça cursos. Dos 120 processos encaminhados neste ano, apenas dez tiveram avaliações desfavoráveis no conselho.

A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), responsável por encaminhar os processos, é tida como um setor estratégico no ministério porque permite barganhas políticas. Segundo apurou a reportagem, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tenta indicar o chefe da Seres desde o início do governo Bolsonaro.

O ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez, porém, havia nomeado para a secretaria seu ex-aluno Marcos Antônio Barroso Faria. Entre seus diretores subordinados, estavam alguns integrantes da ala militar do MEC.

"Dez entre dez deputados que vão ao MEC querem uma faculdade privada na cidade deles", diz uma fonte que trabalhou no ministério neste ano e prefere que seu nome não seja publicado. A gestão Vélez entendeu que os processos não andavam porque esperavam para ser usados como moeda de troca do governo com o Congresso.

Nos primeiros meses do ano, uma força-tarefa foi designada para tentar impedir essas barganhas. A meta era colocar em dia todos processos de credenciamento até o fim do ano.

Com a demissão de Vélez, o novo ministro, Abraham Weintraub, chegou a anunciar a recondução do ex-secretário da Seres durante a governo Temer, Silvio Cecchi. O nome, no entanto, causou divergências e até hoje o cargo está vazio. Segundo a reportagem apurou, Weintraub pretende levar uma funcionária da área de governança da Casa Civil para a secretaria.

Demora

No CNE, a demora no processo de credenciamento também é atribuída ao MEC, responsável pelo processo de avaliação que envolve a visita técnica nas universidades antes que o processo vá para o conselho. Dados do CNE mostram que apenas 5% dos processos de credenciamento relatados neste ano haviam sido enviados em 2018.

"O que chega ao CNE é, quase tudo, relatado muito rapidamente. Se há demora, é na Seres, e não deveria haver essa demora", diz o presidente da Câmara de Ensino Superior do conselho, Antonio Freitas.

Na lista de processos de credenciamento avaliados, é possível encontrar demandas que estavam paradas há cinco anos ou mais. É o caso do Centro Universitário Regional do Brasil, com sede em Salvador, na Bahia.

O processo de credenciamento para oferecer cinco cursos de ensino à distância teve início em 2014, e só em fevereiro deste ano obteve o aval do CNE. O MEC estabelece que todo o trâmite deve durar apenas dois anos e, mesmo assim, a visita de técnicos para vistoriar as instalações ocorreu só em outubro de 2018. A diretoria do centro universitário percebeu a aceleração de processos neste ano.

"Desde janeiro, apesar de toda a confusão no MEC, a Seres, de certa forma, funcionou. A tramitação foi ágil", diz o reitor Carlos Joel Pereira, para quem a demora desestimula o investimento em educação privada. "Além de causar um prejuízo enorme ao projeto pedagógico da instituição, mostra a ineficiência do MEC no credenciamento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: https://educacao.uol.com.br/noticias/agencia-estado/2019/04/22/mec-acelerou-credenciamento-de-novas-universidades-em-70-neste-ano.htm


 

Resultado do pedido de isenção da taxa do Enem 2019 será divulgado nesta quarta

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O resultado das solicitações de isenção da taxa de R$ 85 para inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 será divulgado nesta quarta-feira (17). Para conferir se o direito ao benefício foi concedido, o candidato deve acessar a Página do Participante e inserir CPF e senha.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 3,6 milhões de pessoas fizeram o pedido. Os candidatos que tiveram a solicitação de isenção reprovada terão o direito a entrar com recursos entre 22 a 26 de abril.

Para os interessados em fazer o Enem 2019, isento ou não da taxa, é necessário acessar o site do exame a partir do dia 6 de maio para concluir a inscrição.

Esse é o segundo ano em que os candidatos com direito à isenção precisam garantir o benefício antes do período de inscrições.

A nota da prova do Enem é utilizada em programas de acesso à instituições do ensino superior por meio do Fies, Sisu, Prouni e instituições portuguesas.

Quem pode fazer o Enem de graça?

 

Pelas regras do edital, são quatro categorias de gratuidade:

 

  1. Estudantes que estejam cursando o último ano do ensino médio na rede pública;
  2. Candidatos que tenham cursado todo o ensino médio em escola da rede pública;
  3. Aqueles que declararem estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por serem membros de família de baixa renda, e que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);
  4. Estudantes da rede privada que tenham bolsa integral e com renda per capita de até meio salário mínimo, ou até três salários mínimos de renda familiar.

 

 

Cronograma Enem 2019

 

Aqueles candidatos que precisarem pagar a taxa de inscrição deverão quitar o boleto entre os dias 6 e 23 de maio em agências bancárias, casas lotéricas e Correios. Veja as próximas datas da realização do exame:

 

  • Resultado da solicitação de isenção: 17 de abril
  • Solicitação de recursos caso a isenção seja negada: 22 a 26 de abril
  • Pedido de atendimento especial: 6 a 17 de maio
  • Pedido de uso de nome social: 20 a 24 de maio
  • Pagamento da taxa de inscrição: 6 a 23 de maio
  • Inscrições: 6 a 17 de maio (para todos os candidatos, isentos ou não)
  • Provas: 3 e 10 de novembro
  • Gabarito: 13 de novembro
  • Resultado individual: janeiro de 2020

 

Fonte: https://g1.globo.com/educacao/enem/2019/noticia/2019/04/17/resultado-do-pedido-de-isencao-da-taxa-do-enem-2019-sera-divulgado-nesta-quarta.ghtml


 

Educação

 

Educação é uma prática social que visa ao desenvolvimento do ser humano, de suas potencialidades, habilidades e competências. A educação, portanto, não se restringe à escola.

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A educação é um direito de todos e visa ao pleno desenvolvimento humano por meio do processo de ensino-aprendizagem.

 

Educação, um direito fundamental de todos, perpassa o desenvolvimento humano por meio do ensino e da aprendizagem, visando a desenvolver e a potencializar a capacidade intelectual do indivíduo. Constitui um processo único de aprendizagem associado às formações escolar, familiar e social. Pode, portanto, ser formal ou informal.

É válido ressaltar que a educação não se limita à instrução ou à transmissão de conhecimento. Compreende o desenvolvimento da autonomia e do senso crítico, aprimorando habilidades e competências.

Educação formal e informal

Educação formal

Educação informal

Possui reconhecimento oficial e abrange o âmbito escolar, níveis, graus, currículos e diplomas. O saber é apresentado formalmente por meio das disciplinas escolares e é mediado por um educador.

Conhecimento adquirido por meio da vivência e da interação social. Não há formalidade de lugar, horário ou currículo. A aprendizagem informal ocorre espontaneamente.


De acordo com as Conferências Internacionais de Educação de Adultos (Confintea), entende-se por “educação não formal todo processo de ensino e aprendizagem ocorrido a partir de uma intencionalidade educativa, mas sem a obtenção de graus ou títulos, sendo comum em organizações sociais com vistas à participação democrática. E educação informal como aquela ocorrida nos processos quotidianos sociais, tais como com a família, no trabalho, nos círculos sociais e afetivos”.

Educação escolar

Educação escolar é aquela que acontece no âmbito formal, dentro da instituição escolar. A escola é uma importante instituição que auxilia no desenvolvimento social, aprimorando habilidades e competências dos indivíduos. Além disso, desempenha um papel fundamental na formação do conhecimento, dos valores e comportamentos. Por meio da educação escolar, o sujeito estabelece relações e compreende a forma de organização da sociedade na qual está inserido. No ambiente escolar, a educação é planejada e, portanto, formal.


 

Enem 2018: resultado é divulgado pelo Inep; veja como consultar a nota

Resultado dos treineiros só será divulgado no dia 18 de março.

Por Gessyca Rocha e Ana Carolina Moreno, G1

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As notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 foram divulgadas na manhã desta sexta-feira (18). Para acessar, os candidatos que fizeram o exame devem entrar na Página do Participante (https://enem.inep.gov.br/participante/), incluir o CPF e a senha cadastrada. A nota do Enem só pode ser consultada individualmente.

Inicialmente, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) havia divulgado que as notas sairiam a partir das 10h desta sexta. Porém, o resultado já estava disponível por volta das 8h20. Ao G1, o Inep esclareceu que a liberação das notas costuma ser antecipada para que, até o horário oficial da divulgação, o sistema passe por um período considerado de teste, quando pode passar por momentos de sobrecarga.

O objetivo desse teste, segundo o Inep, é garantir que, às 10h, o acesso de todos os cerca de 4 milhões de participantes do Enem esteja estável e não fique sobrecarregado.

De acordo com o Inep, o resultado dos treineiros e o espelho da redação estarão disponíveis no dia 18 de março.

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Resultado do Enem 2018 mostra apenas as notas: espelho da redação só será divulgado em 18 de março, segundo o Inep — Foto: Reprodução/Inep

 

Sisu

 

Com a nota do Enem 2018, os candidatos podem se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2019. O prazo começa na próxima terça (22) e encerra na sexta-feira (25). A inscrição é feita pelo site do programa: https://sisu.mec.gov.br/.

Neste primeiro semestre, serão ofertadas 235.476 vagas em 129 instituições de todo o país. No site do Sisu é possível escolher duas opções de curso. Quem teve melhor pontuação no Enem tem mais chances de conquistar a vaga.

Calendário do Sisu 1º semestre de 2019

 

  • Inscrições: 22/1 a 25/1
  • 1ª chamada: 28/1
  • Matrículas da 1ª chamada: 30/1 a 4/2
  • Inscrição na lista de espera: 28/1 a 4/2
  • Convocações de outras chamadas: a partir de 7/2

 

Além do Sisu, as notas do Enem podem ser usadas pelos candidatos no Programa Universidade para Todos (ProUni), Financiamento Estudantil (Fies), e em 37 universidades de Portugal.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o Enem é a segunda maior prova do tipo no mundo, só perdendo para o "gao kao", prova de admissão ao ensino superior da China, com 9 milhões de candidatos.

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Caderno de provas azul do segundo dia de Enem 2018 — Foto: G1/G1


 

Educação no Brasil

Espera-se que a educação no Brasil resolva, sozinha, os problemas sociais do país. No entanto, é preciso primeiro melhorar a formação dos docentes, visto que o desenvolvimento dos professores implica no desenvolvimento dos alunos e da escola.

 

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O processo de expansão da escolarização básica no Brasil só começou em meados do século XX

 

Ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira, vale lembrar que só em meados do século XX o processo de expansão da escolarização básica no país começou, e que o seu crescimento, em termos de rede pública de ensino, se deu no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980.

Com isso posto, podemos nos voltar aos dados nacionais:

O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela Educação); 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela Educação). Professores recebem menos que o piso salarial (et. al., na mídia).

Frente aos dados, muitos podem se tornar críticos e até se indagar com questões a respeito dos avanços, concluindo que “se a sociedade muda, a escola só poderia evoluir com ela!”. Talvez o bom senso sugerisse pensarmos dessa forma. Entretanto, podemos notar que a evolução da sociedade, de certo modo, faz com que a escola se adapte para uma vida moderna, mas de maneira defensiva, tardia, sem garantir a elevação do nível da educação.

Logo, agora não mais pelo bom senso e sim pelo costume, a “culpa” tenderia a cair sobre o profissional docente. Dessa forma, os professores se tornam alvos ou ficam no fogo cruzado de muitas esperanças sociais e políticas em crise nos dias atuais. As críticas externas ao sistema educacional cobram dos professores cada vez mais trabalho, como se a educação, sozinha, tivesse que resolver todos os problemas sociais.

Já sabemos que não basta, como se pensou nos anos 1950 e 1960, dotar professores de livros e novos materiais pedagógicos. O fato é que a qualidade da educação está fortemente aliada à qualidade da formação dos professores. Outro fato é que o que o professor pensa sobre o ensino determina o que o professor faz quando ensina.

O desenvolvimento dos professores é uma precondição para o desenvolvimento da escola e, em geral, a experiência demonstra que os docentes são maus executores das ideias dos outros. Nenhuma reforma, inovação ou transformação – como queira chamar – perdura sem o docente.

É preciso abandonar a crença de que as atitudes dos professores só se modificam na medida em que os docentes percebem resultados positivos na aprendizagem dos alunos. Para uma mudança efetiva de crença e de atitude, caberia considerar os professores como sujeitos. Sujeitos que, em atividade profissional, são levados a se envolver em situações formais de aprendizagem.

Mudanças profundas só acontecerão quando a formação dos professores deixar de ser um processo de atualização, feita de cima para baixo, e se converter em um verdadeiro processo de aprendizagem, como um ganho individual e coletivo, e não como uma agressão.

Certamente, os professores não podem ser tomados como atores únicos nesse cenário. Podemos concordar que tal situação também é resultado de pouco engajamento e pressão por parte da população como um todo, que contribui à lentidão. Ainda sem citar o corporativismo das instâncias responsáveis pela gestão – não só do sistema de ensino, mas também das unidades escolares – e também os muitos de nossos contemporâneos que pensam, sem ousar dizer em voz alta, “que se todos fossem instruídos, quem varreria as ruas?”; ou que não veem problema “em dispensar a todos das formações de alto nível, quando os empregos disponíveis não as exigem”.

Enquanto isso, nós continuamos longe de atingir a meta de alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade e carregando o fardo de um baixo desempenho no IDEB. Com o índice de aprovação na média de 0 a 10, os estudantes brasileiros tiveram a pontuação de 4,6 em 2009. A meta do país é de chegar a 6 em 2022.

Eliane da Costa Bruini
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL


 

Alfabetização: a guerra das “evidências”

Área de alfabetização - vital para os avanços da educação em nosso país - é mais uma vítima da "guerra das evidências", usadas de maneira inadequada.