POLITICAS

 

Vereador Juvenal de Diogenes, vem crescendo cada vez mais no municipio de Iracema(CE) com seu jeito arrojado de agir na comunidade. 

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Deputado Federal Mauro Filho(CE)/Vereador Juvenal Diógenes

 

De: Josenilson Erere Almeida (Baiano Erere)

 

Recentemente a cidade do Iracema (CE), recebeu o Governador Camilo Santana e o Deputado Federal Mauro Filho onde participaram da entrega de várias obras e uma delas a liberação de vários poços artesianos para a comunidade da zona rural. Está região sempre sofreu com a escassez de água levando os agricultores ao desespero. O Vereador Juvenal Diógenes, que sempre buscou soluções e parcerias para amenizar está situação caótica no município, conseguiu realizar o sonho de várias comunidades, uma delas o Sitio Tourão do Sr. Chico Sabino que ficou agradecido pelo benefício, pois vinha passando grande dificuldade nesta época de SECA, “graças a Deus o nosso Vereador Juvenal conseguiu que o poço fosse marcado e será perfurado para nossa tranquilidade e alivio. ”

O trabalho deste Vereador é buscar soluções para os problemas da comunidade como todo e não apenas para seus eleitores, pois este é um verdadeiro papel de um LÍDER político. Os frutos estão ai! É tanto que seu nome vem sendo cogitado para concorrer à Prefeitura pelo seu carisma, trabalho e muita dedicação e responsabilidade junto à população.
Agradeço ao Governo do Estado do Ceará e ao Deputado Federal por esta parceria!

 

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Novo diretório assume PT de Salvador com desafio de conciliar interesses

Além do novo presidente municipal, o cientista social Ademário Costa, também tomaram posse os membros do Diretório Municipal, dos Diretórios Zonais e os 20 presidentes zonais da legenda

 

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O PT realizou ontem a solenidade de posse do novo diretório municipal do partido, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores de Água e Esgoto (Sindae), nos Barris. Além do novo presidente municipal, o cientista social Ademário Costa, também tomaram posse os membros do Diretório Municipal, dos Diretórios Zonais e os 20 presidentes zonais da legenda. Ademário assume o PT com o desafio de conciliar os interesses da base do partido com o dos caciques - entenda-se o governador Rui Costa e o senador Jaques Wagner, que defendem que o partido abra mão da candidatura própria em prol de apoiar um nome que seja mais competitivo diante do candidato apoiado pelo prefeito ACM Neto (DEM).

O agora ex-presidente, Gilmar Santiago, fez coro ao projeto de candidatura própria. "Essa direção assume o mandato hoje já com uma diretriz. Portanto, eu queria dizer que nesse momento a nossa palavra de ordem é a unidade do PT e de todas as correntes que compõem essa direção, destacou. "Quero me despedir de vocês dizendo que me sinto profundamente honrado em dirigir esse partido por dois anos. Ninguém no PT consegue construir nada sem ser coletivamente".

A deputada estadual e pré-candidata a prefeita de Salvador, Olívia Santana (PCdoB), também esteve no evento. "Quero saudar essa posse tão concorrida e representativa", destacou. "Não poderia deixar de vir aqui e dizer o quão importante é esse movimento do PT de renovação, de apostar em lideranças jovens (...) O PT é o maior partido da esquerda brasileira. Portanto, esse movimento, é uma prova de que quando se tem determinação política, a gente muda as estruturas", discursou, completando ainda defendendo que "não é mais possível que Salvador continue apostando nos mesmos".

Também estiveram presentes no evento os pré-candidatos petistas Robinson Almeida, Nelson Pellegrino, Jorge Solla, Vilma Reis e Moisés Rocha. "Nós temos que construir uma alternativa política para a cidade de Salvador", destacou Robinson.

O diretório municipal do PT de Salvador aprovou, no último dia 17 de outubro, como objetivo estratégico para o pleito de 2020, uma proposta de resolução sobre a candidatura própria na cidade. No texto, o partido anuncia que apresentará um nome "para liderar politicamente a cidade compreendendo a gestão publica como um espaço de inversão de prioridades".

"Nossa tarefa é trabalhar para implantar em Salvador uma gestão cidadã a serviço da classe trabalhadora que está dominada por uma casta de homens brancos de origem colonial. A tarefa do nosso partido é desprivatizar a cidade, que se encontra nas mãos dos carlistas!", promete o partido.

O projeto do PT será lastreado pelas resoluções congressuais. "Como dizem as resoluções do 6º Congresso do PT, dentre outras coisas, nos guiamos por uma 'perspectiva anti-imperialista, antimonopolista, antilatifundiária e radicalmente democrática'", aponta. Essas resoluções devem balizar a  política de alianças do grupo.

Ainda segundo o partido, "toda a intervenção do PT de Salvador neste processo eleitoral será lastreada pela compreensão de que a questão negra é a questão central na disputa dos rumos do poder na cidade. O histórico problema das desigualdades raciais não é uma questão que interessa somente as pessoas negras. É uma questão civilizatória e democrática, que exige o posicionamento de todas as pessoas negras e não negras".

O PT diz que esse será um processo construído "de baixo para cima", a partir dos diretórios zonais, do diretório municipal, da base do PT, com caravanas nos bairros da cidade, ao mesmo tempo, em constante dialogo com a frente política e os partidos de sustentação do governo Rui.

O diretório municipal também quer se reunir até dezembro com cada uma das seis pré-candidaturas do PT, reunir com as presidências zonais atuais e as eleitas para a próxima gestão para apresentar a proposta das caravanas e aprovar o calendário e reunir com as pré-candidaturas do PT para a vereança para orientar a organização das campanhas, entre outras coisas.

Fonte: https://www.trbn.com.br/materia/I21961/novo-diretorio-assume-pt-de-salvador-com-desafio-de-conciliar-interesses


Em busca de marca, Moro privilegia combate a facções

Sérgio Moro em apostado no combate às facções criminosas para tentar marcar sua atuação no governo e se reposicionar no jogo pocolíti

 

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Com dificuldades de fazer o pacote anticrime avançar no Congresso, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, tem apostado no combate às facções criminosas para tentar marcar sua atuação no governo e se reposicionar no jogo político. O ministério comandado pelo ex-juiz da Lava Jato intensificou a política de isolamento dos chefes de grandes organizações em presídios federais e, de janeiro até a semana passada, transferiu 321 líderes e integrantes de facções como PCC, Comando Vermelho e Família do Norte de celas de presídios estaduais para o Sistema Penitenciário Federal.

A estratégia fez com que o número de detentos em suas cinco unidades dobrasse. Há ainda 400 vagas disponíveis. Na gestão de Moro na Justiça, a Polícia Federal passou a priorizar o combate ao crime organizado. Em governos passados, o órgão era voltado especialmente ao desmantelamento de esquemas de corrupção.

Além do aumento do número de presos, as cinco penitenciárias federais sofreram mudanças estruturais. Uma delas foi a construção de parlatórios de vidro, que acabaram com os contatos físicos entre presos e visitantes. "Os presídios federais não eram utilizados para isolar os presos", afirmou o delegado federal Fabiano Bordignon, diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), subordinado a Moro.

"É um trabalho que tem sido bem árduo, mas os resultados estão aparecendo. Isso não quer dizer que a gente vai querer recorde de inclusão de presos", completou ele, ao destacar que o uso do sistema federal "deve ser cada vez mais excepcional".

No esforço para sufocar as facções que comandam presídios estaduais e territórios de vendas de drogas nas cidades, o ministério aposta também no uso da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), vinculada ao Depen e integrada por agentes federais e estaduais. A atuação da força, no entanto, é criticada pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, um órgão do Ministério da Mulher, que aponta violações aos direitos humanos.

Em outras frentes contra as organizações criminosas, a equipe de Moro espera a aprovação, pelo Congresso, de uma proposta incluída no pacote anticrime idealizado pelo ministro para impedir a progressão de regime a presos integrantes das facções. Os projetos aguardam votação. O Depen prepara ainda um sistema para centralizar as fichas de toda população carcerária. Pelas estimativas dos setores de inteligência, o número de integrantes de facções criminosas não chega a 10% dos presos no País.

Por: Breno Pires - Estadão Conteúdo

Fonte: https://www.trbn.com.br/materia/I21964/em-busca-de-marca-moro-privilegia-combate-a-faccoes


Futuro político de Targino Machado está mãos do juiz Freddy Pitta

O futuro político do deputado estadual Targino Machado (DEM) está nas mãos do juiz do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), Freddy Carvalho Pitta Lima

 

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O futuro político do deputado estadual Targino Machado (DEM) está nas mãos do juiz do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), Freddy Carvalho Pitta Lima. Na sessão de ontem, o julgamento terminou empatado em 3 a 3 e falta apenas um voto para encerrar. Os magistrados Jatahy Júnior e Diego de Castro votaram, ontem, pela absolvição do parlamentar.

O presidente da Corte Eleitoral, Jatahy Júnior, entende que as provas não são “robustas” para condenar Targino. O Ministério Público Eleitoral (MPE) denunciou o deputado do DEM por "abuso de poder econômico”. No ano passado, fiscais da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do Estado fecharam uma clínica que funcionava sem alvará sanitário em Feira de Santana. Na época, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que enviou ao Ministério Público a denúncia de que a unidade de saúde pertencia ao parlamentar, que trocaria atendimento por votos.

A clínica possuía consultórios de ginecologia, oftalmologia e cirurgia geral, na Rua Aeroporto, número 571, no bairro George Américo. Segundo o Ministério Público, os procedimentos foram realizados, entre novembro de 2016 e 2018. Em entrevista à rádio Sociedade de Feira de Santana no período, Targino negou ser o proprietário da clínica e atribuiu a acusação ao governo. “Sou só voluntário e, assim como eu, existem outros médicos”, disse.

Além de Jatahy Júnior e Diego de Castro, José Batista também voltou pela absolvição. Já Patrícia Kertzman, Antônio Scarpa e José Edivaldo Rocha Rotondano, que é o relator do caso, defendeu que o deputado democrata perca o mandato. O juiz Freddy Pitta Lima pediu vista do processo (isto é mais tempo para estudar) e prometeu entregar o voto na sessão de hoje, às 8h30. Targino tem evitado comentar o caso e tem dito que confia na justiça. Caso seja derrotado no TRE-BA, ele ainda poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fonte: https://www.trbn.com.br/materia/I21962/futuro-politico-de-targino-machado-esta-maos-do-juiz-freddy-pitta


Lídice diz esperar que Bellintani seja candidato pelo PSB 

Lídice da Mata sugeriu, ontem, que deseja que o presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, seja candidato a prefeito de Salvador em 2020 pelo partido socialista

 

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Presidente do PSB na Bahia, a deputada federal Lídice da Mata sugeriu, ontem, que deseja que o presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, seja candidato a prefeito de Salvador em 2020 pelo partido socialista. “Analisamos sim o nome de Bellintani. Tem feito esforço de conversar com o PSB esperando que, se ele tiver condições e desejo de realmente aprofundar sua relação com a política, o PSB seja a sua escolha. O partido é um partido que está se renovando”, declarou, em entrevista à rádio Metrópole. Na semana passada, o senador Jaques Wagner (PT) já tinha confirmado que Bellintani pode ser postulante pela base do governador Rui Costa (PT). O discurso oficial do dirigente esportivo é de que o foco total hoje é no clube.

Ontem, o deputado federal Marcelo Nilo (PSB), que também demonstrou torcer pela candidatura de Bellintani, alertou para o risco de o possível aliado perder o “timing”. “Pode estar perdendo o timing. Está demorando muito para tomar a decisão. Se Bellintani quer ser candidato, tem que assumir, decidir o partido que vai e lutar para consolidar a candidatura. Se demorar um pouco mais, perde o timing. Passou o Campeonato Brasileiro e ele ficar ainda sem assumir uma candidatura, ele vai perder o timing", ponderou.

Aliados afirmam que Bellintani deve deixar o Bahia em dezembro, quando encerra o Campeonato Brasileiro. O estatuto do clube permitiria que o presidente se licenciasse por um período, mas ele tem descartado a hipótese e a tendência é que renuncie para ser postulante. “Candidato a candidato”, Bellintani deixou a impressão a um político, com quem conversou recentemente, de que ainda tem esperança de disputar a prefeitura com o apoio do ACM Neto (DEM). Dentro da base do prefeito, há quem não acredite que o ex-secretário migrará para a base de Rui Costa. “Não acho que ele vá fazer essa portabilidade”, brincou um aliado de Neto, em conversa reservada. Portabilidade é a expressão que a torcida do Bahia tem usado para convencer torcedores do Vitória a mudar de time. Há quem aposte, porém, em um “duelo BB”, isto é, Bellintani contra o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), que é considerado o candidato natural a sucessão de ACM Neto. Por enquanto, os dois possíveis adversários têm evitado embates públicos. Nos bastidores, o presidente do Bahia já afirmou, todavia, que tem mais projetos a mostrar do que vice-prefeito em um evento confronto eleitoral.

Caso Bellintani não seja candidato pelo PSB, Lídice não descarta a hipótese de ela disputar o Palácio Thomé de Souza no próximo ano. “O nosso partido quer fazer o esforço de realizar mudanças no cenário político de Salvador. Estamos discutindo essas possibilidades. O nosso companheiro Silvio Humberto é um valoroso vereador de Salvador. Queremos reforçar essa mobilização que tem feito do seu mandato. Também não posso me furtar na necessidade de fortalecer as forças democráticas e o meu nome de colocar o meu nome a disposição”, salientou.

REFORMA

Questionada sobre um ponto marcante na atuação da Câmara dos Deputados neste ano, Lídice da Mata afirmou que foi a aprovação da reforma da Previdência. “Que alguns consideram que será importante para o desenvolvimento. Não é a minha opinião. Acho que a reforma da Previdência, com a reforma trabalhista de Temer, demarca um novo momento na vida do trabalhador brasileiro para pior. A reforma trabalhista veio no sentido de precarizar as relações de trabalho e capital. E a reforma da Previdência vem diminuindo os direitos do trabalhadores”, pontuou.

Fonte: https://www.trbn.com.br/materia/I21963/lidice-diz-esperar-que-bellintani-seja-candidato-pelo-psb


Juíza mantém indenização a juiz da Carne Fraca que Gilmar chamou de 'ignorante'

Gilmar Mendes chamou juiz de "ignorante, sem qualificação, imbecilizado, analfabeto voluntarioso, inimputável e estrupício"

 

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A 1ª Turma Recursal da Justiça Federal do Paraná decidiu manter a condenação da União pelas críticas do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, ao juiz Marcos Josegrei da Silva, responsável pela Operação Carne Fraca. A relatora da ação, a juíza Márcia Vogel Vidal de Oliveira, considerou ofensivas as palavras de Gilmar, que chamou Josegrei de "ignorante, sem qualificação, imbecilizado, analfabeto voluntarioso, inimputável e estrupício". Para Márcia, o ministro tinha o objetivo de constranger o juiz publicamente, "atingi-lo em sua dignidade". Os magistrados da 1ª Turma acompanharam de maneira unânime o entendimento da relatora Os juízes analisaram, no dia 7 passado, um recurso da União contra sentença de primeira instância, dada em maio, que determinou que a União pagasse R$ 20 mil ao juiz da Carne Fraca.

No julgamento, os magistrados consideraram o valor suficiente para reparar o dano causado a Josegrei, mas acolheram em parte a apelação da União com relação à incidência dos juros sobre o montante da condenação. A decisão foi reformada para registrar que a indenização deverá ser corrigida com juros simples de 0,5% ao mês desde a data da "última ofensa", 14 de agosto de 2018 - e não com juros de 1% ao mês como o juízo de primeiro grau havia determinado.

No recurso ao colegiado, a União alegava que não havia responsabilidade do Estado pelo ato de Gilmar Mendes por causa da "plena liberdade funcional dos magistrados no desempenho de suas atividades", e por não ter sido demonstrado erro judiciário ou conduta dolosa ou fraudulenta do magistrado.

Segundo a União, as críticas do ministro foram feitas apenas quanto à atuação profissional de Josegrei, "não abrangendo a sua vida privada". A juíza Márcia Vogel, no entanto, registrou que, ao contrário do alegado pela União, a liberdade funcional dos juízes no desempenho de suas atribuições jurisdicionais não é absoluta. "Quaisquer comentários impertinentes à causa analisada pelo magistrado e que ofendam a honra das pessoas envolvidas no processo não encontram guarida no ordenamento jurídico", advertiu.

A magistrada registrou ainda que as críticas de Gilmar Mendes foram "desrespeitosas" e feitas "à margem de conteúdo ou técnica jurídica", "extrapolando" a linguagem formal do Poder Judiciário.

Por: Pepita Ortega - Estadão Conteúdo

Fonte: https://www.trbn.com.br/materia/I21965/juiza-mantem-indenizacao-a-juiz-da-carne-fraca-que-gilmar-chamou-de-ignorante

 

 

Em sua primeira entrevista concedida como presidenteJair Bolsonaro reafirmou sua visão de que é preciso aprofundar a reforma trabalhista aprovada pelo Governo Temer: “O Brasil é o país dos direitos em excesso, mas faltam empregos. Olha os Estados Unidos, eles quase não têm direitos. A ideia é aprofundar a reforma trabalhista”, afirmou a jornalistas do canal SBT, na noite desta quinta-feira.

O discurso explícito sobre a necessidade de mudanças nas regras trabalhistas é uma relativa novidade no cenário político, já que propostas de mudanças mais profundas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), originalmente de 1943, costumava provocar reações negativas.

Com o bolsonarismo, no entanto, a questão não é tabu e foi explorada na campanha. Uma pista para uma maior aceitação do tema apareceu em uma pesquisa Datafolha de setembro: num país com 13,2 milhões de desempregados,metade dos eleitores afirmaram preferir ser autônomo, com salários mais altos e pagando menos impostos, ainda que sem benefícios trabalhistas, contra 43% que preferiram ter a carteira de trabalho registrada, com todos os direitos previstos na lei.

Em dezembro, o então presidente eleito havia sido incisivo ao dizer que a legislação trabalhista teria "que se aproximar da informalidade" para que empregos pudessem ser gerados. Em outras ocasiões, Bolsonaro já havia falado sobre o "tormento" de ser patrão no país, algo que repetiu em teor semelhante nesta quinta: "Eu não quero, eu podia ter uma micro empresa com cinco funcionários. Não tenho por quê? Eu sei das consequências depois se o meu negócio der errado, se eu mandar alguém embora, entre outras coisas. Devemos mudar isso daí". Por fim, o presidente faz ataques contumazes atacou o Ministério Público do Trabalho, cujas atribuições incluem fiscalizar trabalho em condições análogas à escravidão, trabalho infantil e outras irregularidades, e a própria existência da Justiça do Trabalho. "O Ministério Público do Trabalho. Pelo amor de Deus, se tiver clima a gente resolve esse problema. Não dá mais para continuar – quem produz sendo vítimas de ações de uma minoria, mas de uma minoria atuante", afirmou o capitão.

Carteira "verde e amarela"

Ainda não está completamente claro como o Governo Bolsonaro pretende mexer na questão e se ela será tão prioritária como a reforma da Previdência. Durante a campanha, a proposta de criar uma carteira de trabalho alternativa, "verde e amarela", foi apresentada como um dos grandes trunfos do plano de Governo para resolver o problema do desemprego. Além da capa inovadora, nas cores da bandeira nacional ao invés da tradicional azul-escuro, o documento contemplaria novas regras para um regime de trabalho “flexibilizado” – e, pela legislação vigente, contrário à Constituição Federal e à CLT. Paulo Guedes, o poderoso ministro da Econômica do Governo Bolsonaro, já adiantou que estes contratos que sua pasta pretende criar "não têm encargos trabalhistas e a legislação é como em qualquer lugar do mundo: se for perturbado no trabalho, você vai à Justiça e resolve". No discurso de posse, nesta quarta, Guedes disse que estes contratos vão “libertar” o trabalhador da “legislação fascista” da CLT.

No plano de Governo apresentado na campanha, a proposta de mudança nos regimes de trabalho não é esmiuçada - apesar da magnitude da medida, são dedicadas a ela cinco linhas no programa. Mas, de acordo com Guedes, caberá ao jovem optar por qual regime de trabalho ele quer: "Porta da esquerda tem sindicato, legislação trabalhista para proteger e encargos. Porta da direita tem contas individuais e não mistura assistência com Previdência". Em entrevista à Globo News em outubro, Guedes deu alguns detalhes de sua proposta, e afirmou que o FGTS como “mecanismo de acumulação” será extinto neste regime. Estas alterações vão de encontro ao artigo 7º da Constituição Federal, que trata dos direitos trabalhistas, logo sua implementação dependeria de forte base no Congresso para aprovar, por exemplo, uma Proposta de Emenda à Constituição.

Desde antes de ser eleito Bolsonaro já vinha sinalizando que um tempo com menos direitos poderia estar no horizonte do trabalhador brasileiro como uma espécie de remédio amargo para a criação de empregos. "O que o empresariado tem dito pra mim, e eu concordo, é o seguinte: o trabalhador vai ter que viver esse dia: menos direitos e [com mais] emprego, ou todos os direitos e desemprego”, afirmou o presidenciável. A alteração exigiria mudanças na legislação que não foram feitas na reforma trabalhista, aprovada no Senado em julho de 2017 e sancionada pelo presidente Michel Temer.

Causa e efeito

A proposta bolsonarista não foi vista com bons olhos por economistas em um cenário de crise e falta de investimentos. “Essa medida parte do pressuposto equivocado de que a contratação se dá por conta do custo de mão de obra. As empresas não contratam porque é barato ou caro, mas sim porque a economia está demandando”, explica Antônio Correa de Lacerda, economista da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. “A solução é fazer a economia crescer, e não achar que um ajuste fiscal por si só provoca um aumento da confiança. É preciso investimento do Estado e financiamento à atividade econômica, isso gera emprego de qualidade”.

Ruy Braga, especialista em sociologia do trabalho da Universidade de São Paulo, também concorda que no momento atual uma flexibilização dos contratos não surtiria o efeito desejado. “Você tem hoje no país uma taxa alta de desemprego por uma combinação de crise econômica com supercapacidade das empresas. O que cria emprego não é rebaixamento dos contratos, é investimento público e privado”, afirma. “Por que um empresário vai ampliar sua planta se não está nem usando toda a capacidade? Esta proposta aumenta a desigualdade e impede que o motor do consumo possa ser um ente dinamizador da economia. Uma proposta como essa não resolve o problema do investimento e piora a situação ao não oferecer ampliação do emprego”.

Além de não resolver o problema, a adoção de dois regimes de trabalho diversos poderá provocar insegurança jurídica. “Para ele propor a criação de um documento desse teria que haver uma nova rodada de revisão na lei trabalhista, Bolsonaro teria que aprovar uma nova reforma que abra essa possibilidade de dois vínculos diferentes”, afirma Alexandre Chaia, economista do Insper. Além disso, caberia ao capitão provar que esta alteração é constitucional. “Isso pode gerar contestações no Supremo Tribunal Federal, não é uma ideia simples de se concretizar”. Chaia acredita que a existência de dois regimes provocará processos por “assédio moral” e outros problemas trabalhistas.

Além disso, o professor também não acredita que no contexto atual a carteira verde e amarela geraria empregos. “No momento em que vivemos, mesmo tendo uma carteira de trabalho sem encargos não necessariamente haveria um aumento das contratações, tendo em vista o cenário de mercado nervoso e expectativas econômicas que não são boas”, explica. “Em outro momento econômico e expandindo o regime para todos poderia fazer sentido. Hoje não acho que alteraria o quadro do trabalho no país, o que resolve é construção civil, consumo, comércio...”.

A reportagem enviou uma série de questionamentos ao ainda gabinete de transição do Governo para elucidar pontos nebulosos envolvendo a carteira de trabalho "verde e amarela", mas não obteve resposta.

 

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LIMA (PERU) - O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, afirmou nesta sexta-feira, 4, durante encontro do Grupo de Lima – bloco de países latino-americanos que monitoram a crise na Venezuela –, que o presidente Jair Bolsonaro “não exclui a possibilidade” da instalação de uma base militar americana no Brasil. Segundo Araújo, caso isso aconteça, faria parte de uma “agenda mais ampla” do País com os Estados Unidos.

“O presidente não exclui esse tipo de possibilidade. Temos todo interesse em aumentar a cooperação com EUA em todas as áreas. Isso é algo que tem que ser conversado. Não haveria problema na questão de uma presença desse tipo”, afirmou Araújo, em Lima, quando questionado sobre o assunto. O Ministério da Defesa, no entanto, disse que desconhece qualquer tratativa desse tipo.

O chanceler brasileiro, Ernestro Araújo Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Na quinta, Bolsonaro havia sido questionado sobre o tema em entrevista ao SBT e afirmou que a instalação poderia ocorrer no futuro. O presidente admitiu uma aproximação bélica com os EUA. “A questão física pode ser até simbólica”, disse Bolsonaro.

De acordo com o chanceler, o tema poderia ser discutido até março, caso Bolsonaro encontre o presidente dos EUA, Donald Trump, em viagem oficial.  “(A base) seria parte de uma agenda muito mais ampla que queremos ter com EUA, que creio que os EUA querem ter conosco. Então, quando tivermos essa visita, esperamos que a tenhamos como o presidente quer, até março, haverá uma agenda que cobrirá além de cooperação e defesa, segurança, temas de comercio e economia.”

Nesta sexta, Bolsonaro voltou a se manifestar favoravelmente à instalação de uma base militar dos Estados Unidos (EUA) em território brasileiro. Defensor da aproximação diplomática e comercial com os EUA e admirador de Trump, Bolsonaro disse considerar o povo americano “amigo” e vinculou um possível acordo futuro com o país a questões de segurança nacional.

Bolsonaro afirmou que existe interesse dos Estados Unidos em instalar uma nova base militar na América do Sul, dois dias depois de receber o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em audiência reservada no Palácio do Planalto. Questionado se havia tratado do tema com autoridades norte-americanas, Bolsonaro disse apenas que países vizinhos ao Brasil estão sendo prospectados para receber a unidade militar.

“Nós temos que nos preocupar com nossa segurança, com a nossa soberania, e eu tenho o povo americano como amigo”, disse Bolsonaro, depois de participar da cerimônia de transmissão do Comando da Aeronáutica, na Base Aérea de Brasília.

Defesa desconhece tratativas sobre base americana 

A assessoria do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, informou ao Estado que ele “não tem conhecimento de qualquer tratativa nesse sentido e que não tratou do tema com o presidente”.  O ministério disse que não seria possível avaliar vantagens e desvantagens para as Forças Armadas brasileiras “sem ter conhecimento de possíveis condicionantes envolvendo o tema”. 

Oficiais das Forças Armadas consultados pelo Estado reagiram com surpresa à declaração do presidente. Eles avaliam que Bolsonaro falou em tom de especulação.

Os Estados Unidos têm cooperação militar com o Brasil e outros países sul-americanos, como Peru e Colômbia, onde mantêm bases militares. A posição geográfica do litoral nordeste do Brasil desperta interesse militar, pelo acesso facilitado à África e Atlântico Sul. Durante a 2.ª Guerra Mundial, os EUA instalaram temporariamente bases militares no Norte e no Nordeste, depois desativadas. / COLABORARAM FELIPE FRAZÃO e JULIA LINDNER